O cinto de segurança

Lá estava Eu na cidade vizinha Capelinha a x km de distancia de Angelândia olhando para o relógio, eram 8 horas da manhã de sábado.

Preocupada com a possibilidade de perder a hora para o trabalho que terá inicio as 12 horas..

Enquanto procurava por um taxi, uma vez que o próximo horário de ônibus só sairia as 10:30 horas, o que me daria apenas 10 minutos para me arrumar e almoçar. Porque só isso, bem este ônibus só iria chegar ao destino as 11:40 horas.

Andei de um lado para outro e nada, nenhum taxi, pensava nossa o que irei fazer?

Como chegar atrasada ... Isso não podia acontecer, de repente abriu um clarão e no meio deste apareceu um taxi e na sua placa vermelha escrita de branco a palavra Angelândia.

Com um grande sorriso aproximei e perguntei:

_ Senhor, você estará retornando para Angelândia ainda hoje?

E para a minha alegria ele respondeu.

_ Agorinha mesmo.

Nossa que alegria, eu conseguiria chegar no horário, eram apenas 9 horas.

Ótimo estaria, se conseguíssemos chegar no horário, o taxista diz:

_ Sairemos em minutos só tenho que pegar uma encomenda.

Após 20 minutos ele retorna e pergunta:

_ Chegou um moço aqui, com uma caixa

Eu respondo:

_ Não !!!

Então ele diz:

_ Temos que esperar um homem e logo sairemos, apenas mais uns minutos.

Certo, o que são mais alguns minutos, são apenas 8:40 horas, ainda daria tempo.

Então lá estava ele, um homem franzino com uma camisa amarela, com os botões abertos, sobre uma camisa vermelha e uma calça jeans. Ele vem e fica do lado do carro aguardando o motorista.

A espera termina chegam os passageiros que faltavam. Um senhor e sua esposa, todos com o mesmo destino: Angelândia. Tudo começa com os passageiros entrando no carro, primeiro o Franzino. Ele entra no carro e se acomoda na poltrona atrás do passageiro e lá fica imóvel olhando para mim que também precisava entrar no carro.

O motorista diz:

_ Chega pra cá! (que seria para trás da poltrona do motorista.)

E ele , o Franzino, senta no meio da poltrona. Mais tinham ainda duas pessoas para entrar no carro, alem de mim. Então eu pedi que ele chegasse para o outro lado, para que eu ficasse no meio.

Todos dentro do carro, hora de sair... O automóvel se movimenta e o motorista pede que todos colocassem os cintos de segurança. Coloquei o meu cinto , a Senhora que estava do meu lado direito não conseguia fechar o cinto e eu simpaticamente ajudei-a. Enquanto isso do meu lado esquerdo lá estava o Franzino, com o cinto na mão, puxando e puxando, até que conseguiu aproximá-lo da fechadura.

Olhei e pensei que ele já estava fechando o cinto, quanto ele tentou vestir o cinto. Isso mesmo minha gente, ele passou o cinto por baixo dos pés e ao observar isso bestificada eu disse:

_ Deixe eu lhe ajudar!

Quando eu peguei na ponta do cinto que estava do lado errado, o que estava acontecendo, era o cinto da frente, sim o cinto do motorista.

O automóvel em movimento e ninguém observando o que acontecia eu peguei o cinto destinado a meu companheiro de viagem, que tentou vestir o cinto e eu lhe disse, não é por aqui e o acoplei (o cinto).

Ao chegar próximo a cidade de Angelândia o motorista soltou o seu cinto e mais uma vez começou a odisséia do Franzino.

Ele tentou abrir o cinto e quando não conseguiu ficou irritado, talvez porque o cinto estava passando no seu pescoço e aquilo o incomodava. Eu mais uma vez observando e observando resolvi não ajudá-lo poderia ficar irritado e ainda estávamos em movimento não seria correto, já que faz parte da segurança do veiculo.

Voltando ao cinto que não abria, eu já incomodada com a insistência do Franzino, fingi que não estava vendo. E ele já que não estava conseguindo abrir o sinto passou a alça por trás do corpo e continuamos a viagem.

Chegamos ao destino. O carro parou. Todos começaram a descer e o cinto...

Bem ele continuou grudado no Franzino e eu, bem, tive que abri-lo.

Vanessa Ramos

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